O provável afastamento definitivo de Dilma Rousseff (PT) é um momento único na nossa história. Apesar de a punição de detentores de altos cargos ser prevista no Brasil desde 1824, na primeira Constituição Brasileira, o dispositivo nunca foi plenamente aplicado no Brasil.
Desde 1945, foram abertos três processos de impeachment no Brasil, mas nenhum deles foi levado até o fim. Mesmo no caso de Fernando Collor houve uma renúncia ainda durante o processo, em 1992.
Dilma terá a duvidosa honra de ser a primeira presidente a sofrer o processo e levar o impeachment até suas últimas consequências. O processo de Dilma foi limpo, com amplo direito a defesa e espaço até exaustivo para o contraditório.
Apesar disso, o PT jogou contra a cultura política nacional, e contra a verdade, ao insistir na tese fantasiosa do “golpe”. A lorota não colou.
Dilma se tornará uma referência de que desmandos, gestão ruinosa, convivência e tolerância com a corrupção, podem sim, ser punidos. O país que vai emergir dessa crise será, esperamos todos, melhor e mais forte.
