A Justiça aceitou mais uma denúncia contra o ex-presidente Lula, que agora é réu em cinco ações penais. Três na Lava Jato, uma na Operação Zelotes e outra na Operação Janus.
Os crimes de que Lula é acusado envolvem corrupção passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, ocultação de patrimônio e obstrução de Justiça.
A defesa de Lula e de setores do PT, que insistem na tese da inocência do ex-presidente, ignoram evidências flagrantes e querem enxergar em tudo, mera perseguição contra um homem inocente.
Tal “perseguição”, com tamanha quantidade de indícios de culpa, seria difícil acontecer até mesmo na União Soviética de Stalin; mas é totalmente improvável no Brasil.
Estamos em plena vigência da democracia, e sob a vigilância de um Supremo Tribunal Federal, integrado, em sua maioria, por ministros nomeados pelo próprio Lula ou por sua sucessora e correligionária, Dilma Rousseff.
É compreensível que os advogados de Lula se aferrem, até por falta de alternativas, a tese da “perseguição”. O PT, no entanto, se quer sobreviver como um partido, e não como uma seita, deveria considerar outros caminhos.
* Ademar Traiano é deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e presidente do PSDB do Paraná