Enquanto os Estados Unidos debatem se a Rússia deu uma “mãozinha” para a eleição de Donald Trump, o Brasil descobre que Cuba ajudou Dilma Rousseff derrotar Aécio Neves em 2014. Provedores de uma estatal cubana, a Etecsa, foram usados para atacar, nas redes sociais, o senador tucano durante a campanha presidencial. Os ataques, vindos de Cuba, disseminavam informações caluniosas tentando vincular o candidato do PSDB ao tráfico de drogas e a violência contra a mulher.
Aécio entrou na Justiça e, quase três anos depois, conseguiu quebrar o sigilo dos perfis e identificar seus agressores. Um dos perfis que usou a rede cubana pertence a assessora direta do deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
O episódio mostra mais uma relação espúria do petismo com a ditadura cubana. Uma ligação já maculada pela devolução criminosa dos atletas de Cuba que pediram asilo ao Brasil, durante os Jogos Pan-Americanos, realizados no Rio de janeiro em 2007; por cláusulas obscuras no Programa Mais Médicos, e por financiamentos suspeitos a grandes obras na ilha dos Castro.
O episódio evidencia ainda a necessidade de tornar mais ágil a ação da Justiça em eventos criminosos envolvendo a internet. Os três anos que Aécio precisou esperar para conseguir identificar seus agressores, tornou inviável qualquer tipo de reparação eficaz.
Nesse tempo não só a eleição foi perdida como a vencedora, a petista Dilma Rousseff, perdeu o mandato devido a outros descalabros e crimes em que se envolveu.
* Ademar Traiano é deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e presidente do PSDB do Paraná.