Traiano promove audiência sobre o tratamento de câncer de mama

O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), conhece bem o drama do câncer. Perdeu a mulher, quando ela tinha apenas 36 anos, criou sozinho os três filhos do casal. Com o sofrimento tornou-se um ativista da prevenção e do tratamento do câncer. Nesta quarta-feira, 26, Traiano promoveu uma audiência pública para discutir o acesso a tratamentos para o câncer de mama metastático, que é a forma mais avançada da doença.

Traiano, em sua fala, enfatizou a importância do trabalho abnegado das associações ali presentes que se dedicam a apoiar os pacientes do câncer e lutam de forma incansável para divulgar a prevenção da doença. Lembrou que, hoje em dia, ao contrário do que acontecia, todas as formas de câncer são curáveis quando detectadas a tempo. Destacou que é preciso fornecer acesso as formas mais modernas de tratamento.

O acesso a tratamentos modernos para o câncer de mama metastático no Sistema Único de Saúde (SUS) foi o principal tema debatido no Plenarinho da Assembleia. A audiência pública ocorreu por proposição de Traiano (PSDB). A ideia, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), é justamente fazer um balanço da evolução do quadro, em relação a um encontro realizado sobre o tema em 2015, até os dias atuais, apurando-se a evolução da situação do Paraná.

No encontro de 2015 a FEMAMA e suas ONGs associadas apontavam para a resistência do Poder Público em implantar o uso de medicamentos de tecnologia avançada no tratamento do câncer de mama metastático na rede pública de saúde, a entidade continua empenhada na defesa do acesso das pacientes a medicamentos como o ‘trastuzumabe’ (um anticorpo monoclonal humanizado, utilizado em tratamento contra o câncer de mama). Ele está disponível no SUS apenas para pacientes em fases iniciais ou localmente avançadas da doença. Além desta, outras terapias importantes continuam não sendo ofertadas na rede pública, permanecendo acessíveis somente a pacientes que dispõem de convênios de saúde. A FEMAMA lembra, ainda, que há mais de uma década nenhuma terapia é incorporada ao sistema público de saúde para atender às suas necessidades, apesar das importantes descobertos feitas pela medicina no mesmo período.

A audiência pública desta quarta-feira na Alep foi articulada também pela ONG Mão Amiga Beltronense de Prevenção ao Câncer, com apoio da Associação das Amigas da Mama (AAMA), da Associação de Apoio e Prevenção ao Câncer e a Violência Doméstica (APCVida), da Associação Cascavel Rosa, da Associação dos Amigos de Prevenção do Câncer (GAMA), do Instituto Humanista de Desenvolvimento Social (HUMSOL), e da Rede Feminina de Combate ao Câncer de União da Vitória (RFCC – UV), e contou com a presença da deputada Cantora Mara Lima (PSDB), Wilmar Reichembach (PSDB) e Nelson Luersen (PDT) além de representantes de diversas entidades de prevenção e assistência a portadores de câncer do Paraná.

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