Os mitos da esquerda

A esquerda vive de mitos. Ao fazer o balanço da longa ditadura de Fidel Castro, tentou-se justificar o regime sanguinário, que matou e encarcerou milhares de opositores, submeteu o país a carências inimagináveis, por mais de meio século, apontando supostas melhorias na saúde e educação.

O mito redentor também é invocado para justificar o petismo. A corrupção em escala planetária, nunca vista na história deste país, nem do mundo, seria compensada por miraculosas políticas de redistribuição de renda, que teriam reduzido a histórica desigualdade social do país.

A mitológica excelência nas áreas de saúde e educação em Cuba ignora que, desde o início do Século XX, os indicadores cubanos eram melhores que os de qualquer país latino-americano. A taxa de mortalidade infantil, em 1955 (ditadura de Fulgêncio Batista), era a segunda menor da América Latina.

Estudo Radar IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), coordenado pelo Programa das Nações Unidas, registra queda nos índices de bem-estar das famílias brasileiras entre 2010-2014. E não são computados os anos 2015-2016, quando a estagnação econômica deve tornar esses indicadores ainda mais sombrios.

As políticas assistencialistas conduzidas pelo petismo, em especial o Bolsa Família, tiveram um efeito muito limitado sobre a redução de desigualdade. Por outro lado, a corrupção, as desastrosas e temerárias políticas econômicas do PT, especialmente no período Dilma, sepultaram esses eventuais ganhos.

Só sobrou o mito, que alguns insistem em cultivar.

* Ademar Traiano é deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e presidente do PSDB do Paraná